Ao ler Gênesis 22, muito provavelmente você já teve sua fé desafiada. Deparamo-nos com Abraão, homem que esperou tantos anos por seu filho Isaque, sendo desafiado a sacrificar o seu bem mais precioso em sinal de obediência a Deus. Isaque seria sacrificado em um monte afastado da cidade.
A caminhada dura três dolorosos dias de segredo e angústia para o pai Abraão. O jovem Isaque, não entendendo tudo por completo, indaga seu pai da falta do animal a ser imolado. O pai, num ato de fé, diz que Deus proverá (daí o nome Moriá -Deus proverá).
Abraão, pois, prepara o terreno, a lenha e o sacrifício -seu filho- para a imolação. A Bíblia não relata reação alguma de Isaque, atado sobre o altar. E, quando Abraão já se preparava para matar seu filho, um anjo brava dos céus para que Isaque seja poupado. Surge, então, um cordeiro imaculado que é sacrificado pelos pecados de Abraão.
Analisando estritamente essa porção das Escrituras, nota-se uma fé absurda de Abraão. Mas, alguém certamente dirá: 'que Deus é esse que manda o pai matar o próprio filho?'
Contudo, ao interpretar a passagem dentro da ciência de que a Bíblia é um livro voltado inteiramente para a proclamação do nome de Jesus, entendemos algo muito mais poderoso. Notamos que no lugar de Isaque, pecador igual a mim e a você, morreu um cordeiro imaculado. Ali, Deus sinalizava o que faria com toda a humanidade séculos depois. Ele deu o Seu único e amado Filho, puro e perfeito, para que morresse no lugar de pecadores igual a mim e a você.
'Porque Cristo, quando nós ainda éramos fracos, morreu a seu tempo pelos ímpios.' Rm 5:6.
Graça.
Moriá - Leonardo Gonçalves